sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

2007/08: a trágica passagem de ano!

Quando resolvemos contar momentos marcantes em nossa vidas, dificilmente escolhemos aqueles que deram errado. Não é fácil. Nos Sentimos envergonhados e as vezes até humilhados. Gostamos de falar dos momentos em que nos demos bem ou temos algo a ensinar.

Enfim, aproveitando a virada do ano vou contar um que ocorreu na virada de 2007 para 2008 e foi cilada atrás de cilada. Na época não vi graça. Hoje acho cômico, apesar de não ter vontade de reviver. Escrever até que foi divertido.

Vamos lá:  
Todo final de ano era praxe na minha família: réveillon em Capão da Canoa/RS. Tínhamos uma casa na Avenida Paraguaçu, quase no fim da cidade e em direção a Capão Novo/RS.

O nosso reduto no litoral norte gaúcho foi adquirido em meados dos anos 80. Desde pequeno tinha esse espaço como um aconchego para passar o final de ano. Sair da rotina, conhecer gente nova e pegar praia, claro.

A Paraguaçu guardada as devidas proporções é igual a Avenida Ipiranga em Porto Alegre, a Paulista em São Paulo e a Brasil no Rio de Janeiro. Mais ou menos isso.

A diferença é que nos anos 90 era praticamente mato. Era a casa da minha família, em frente a eterna Eletrônica Silva (que deve ser mais velha que Capão, hehhe), um ou outro domicilio e só.

Ao longo dos anos foi nítido o crescimento urbano. Vieram prédios, comércios, pizzarias e do lado da minha casa construíram um supermercado. Este que todo ano mudava de nome e de dono. Era incrível.

Final de 2007 iria ter uma festa de fim de ano em uma balada famosa. Eu, meu irmão e um amigo nosso compramos convites.

No início da noite passamos as comemorações da virada com a família e o nosso amigo, conhecido como Sanduba, ficou de passar em nosso domicílio à 1h. Apareceu perto do horário combinado.


Fomos no carro do meu avô e na saída pedi para o meu pai deixar o cadeado para fora do portão, pois voltaríamos a hora que eles estivessem dormindo e com a chave em mãos não precisaríamos acordá-los.

Enfim, pé no acelerador e tomar cuidado com as tragédias do caminho. A primeira estava no próprio trajeto até o local do evento. A impressão  que deu é que o Rio Grande do Sul estava todo lá na Paraguaçu! Parecia hora do rush das cidades grandes.Aquele engarrafamento que não se mexia, buzinas, gritos e lembro até de ter visto batida.

O ritmo era lento. Andava alguns centímetros..,,parava horas. Assim foi.

Já sentia a irritação dentro de mim. Passando os primeiros momentos de 2008 dentro de um carro, preso em um trânsito. Pior: sem expectativa de se livrar do problema.


Meu irmão estava no volante e visivelmente cansado daquela loucura encontrou um estacionamento, mais ou menos próximo à balada. Foi difícil se desvincilhar de alguns carros, mas Fred conseguiu chegar no estacionamento privado. Olhei no relógio e já eram 3h30! Sim, ficamos por volta de 2h30 no engarrafamento.

Caminhamos um bocado até a entrada do destino final e vimos a consequência de um trânsito louco: uma fila imensa para entrar!!

Já que estávamos no inferno, fomos encarar o diabo.

A fila até que andava, mas desordenada. O famoso empurra-empurra. Tentava caminhar e ia para um lado e para o outro, sentia a mão de um qualquer em mim, outro que se desequilibrava e caia em cima de mim. Um verdadeiro manicômio.

Após essas trapalhadas, consegui entrar no local. Entupido de gente!!Mal conseguia caminhar.

A festa era open bar. Fui até o bar pegar uma cerveja para relaxar e tentar curtir a noite. Claro, uma fila imensa para pegar bebida. Tinha que ir se enfiando até próximo de um barman e este olhar para ti e questionar seu pedido. Após várias tentativas, fui atendido. Ouço que a breja já havia acabado. Então, pedi um refrigerante. Não tinha também. Só havia champanhe. Não sou fã dessa bebida, mas já que só `tem tu vai tu mesmo'.

Peguei a minha taça de champanhe e antes de começar a beber, uma menina estava vindo na minha direção, tropeçou em alguma coisa, bateu em meu copo e derrubou o líquido na minha roupa inteira!!

Ela me pediu desculpas pelo incidente. Eu nervoso com tudo, apenas pedi educadamente, que seguisse seu rumo (mas no fundo já pensava: que mais falta acontecer hoje?). Que situação!

O próximo passo era encontrar um lugar para ficar. A balada tinha vários ambientes. Cada um tocava um tipo de música. Todos estavam lotados! Alguns não davam nem para entrar. Senão me engano, o de pagode era o menos entupido (não confundir com vazio). Era o único que dava para dar um passo sem esbarrar em alguém. Não sou fã do estilo, então não fiquei satisfeito em estar ali.


Após alguns minutos, já vi que eram por volta das 5h da manhã e olhei para o meu irmão e o meu amigo e decidimos que era hora de partir. Tive a sensação que não se aproveitou nada da noite.

Ainda pararam para comer um lanche. Eu sem fome, não me alimentei.

Em seguida deixamos o Sanduba em sua hospedagem e depois fomos para o nosso aconchego.

Chegando na garagem fui procurar o cadeado para abrir o portão e estava do lado de dentro!!!  Já me subiu um sangue. Tava com sono,irritado e deixaram o cadeado do lado de dentro! A sorte era que o portão era de madeira em volta (sustentado por rodinhas) e no meio era composto por vários arames. Fui arrebentando alguns até que minha mão chegou confortavelmente ao cadeado e abri.

Ao descer do veículo meu pai apareceu e eu fui indagá-lo por qual motivo não cumpriu o nosso combinado. Ele apenas pedia silêncio, pois os meus avôs estavam dormindo. Se tem uma situação que irrita é quando você quer falar, gritar e a outra pessoa só pede que você permaneça quieto.

Após tentar três vezes falar com o meu pai e ele negar, peguei um molho de chave que estava na minha mão e atirei-o na mesa que ficava na sala. Fez um estouro!! Um barulho que deve ter acordado Capão da Canoa inteira! Meu pai e meu irmão apenas olhavam assustados com o fato.

Meu irmão perguntava se eu tinha bosta na cabeça. Repetiu isso umas três ou quatro vezes. Agora era eu que não queria conversa.

Nesse momento eu já estava no meu quarto e pronto para dormir. Abri o guarda-roupa para procurar os meus pijamas e nada. Procurei em outros cômodos da casa e nada. Quando fui até a lavanderia vi que tudo estava lavando!!

Depois disso, desisti e apenas me deitei. Lembro de ter que esperar mais de uma hora até a raiva passar, pegar no sono e esquecer essa noite trágica.

Observações:
1) Possivelmente foi a penúltima vez que passei o ano-novo nessa casa. Meu avô, que quem cuidada de fato do recinto, faleceu em 2009 e meses depois a casa foi vendida. Revi-la pela última vez em 2014. Abandonada. Hoje não sei como está. Se alguém alugou, se virou comércio (a tendência daquela região). Se alguém souber me avise.

2)No dia seguinte ao relatado acima, conversei com o meu pai e o perguntei sobre o cadeado. Ele disse que não havíamos combinado nada. Mas retruquei dizendo que lembrava de ter feito o pedido e ele concordado. Vai saber...

3)Um ano depois dessa noite, me recordo de ter encontrado Sanduba em um bar. Lembramos do episódio. Mas a impressão que ele passou é que apesar de alguns incômodos, aquele réveillon não foi tão ruim para ele como para mim.

4) Não sei se esse foi o pior réveillon da minha vida. Teve um que foi trágico também (2009 para 2010) e quem sabe um dia eu conte.

Vida que segue e feliz 2017.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A noite mais insana de 2015!

2016 já está acabando. Mas vou escrever sobre um relato ocorrido em 2015. Em um daqueles dias que parecem normais, mas que tudo insanamente vai acontecendo, parecendo não ter fim, tamanha loucura naquela noite incansável e interminável. Visando não esquecer a grande sequência de fatos inusitados ocorrido entre 7 pessoas (4 homens e 3 mulheres), resolvi, em uma noite qualquer,sem brilho e emoção, falar sobre esse episódio. Para preservar a identidade dos envolvidos, seus nomes foram alterados.

Vamos lá:
Meados de agosto de 2015, uma sexta-feira, Joaquim resolveu dar um churrasco em sua casa. Morava sozinho e via em seu lar a chance de fazer algo que reunisse seus amigos e fosse divertido. Na verdade foi muito mais que isso. Inicialmente os convidados foram Roberto, Manoel e Teodora. Todos confirmaram presença no evento que estava marcado às 20h30 (de Brasília).

Primeiramente chegou Teodora.Não estava só. Trouxe duas amigas: Mafalda e Antônia.Claro que ambas foram bem-vindas ao local.

Joaquim estava feliz com a chegada das três, não só por serem do sexo feminino, mas porque trouxeram bebidas. Não só cerveja, como vodka, tequila, pinga e outras delícias etílicas.  Antônia era a mais empolgada. Falava bastante e bebia um pouco de cada diversidade adquirida. Tinha opiniões fortes sobre política, feminismo e também sobre sua vida (estudos e empregos). Mafalda era simpática, porém contida. Bebia só uma cervejinha e apenas abria a boca quando lhe perguntavam algo. Ganhava a simpatia dos presentes.

Já o anfitrião tomava conta da churrasqueira (onde assava queijo e frango), bebia sua 'breja' e puxava assunto com as mulheres. Assuntos que continham algo relacionado a sexo e que deixavam as convidadas por vezes constrangidas. Um exemplo foi ao questionar a Teodora se seu filho, 11 ou 12 anos, já tinha atividade sexual (sozinho ou com alguém). Não é algo muito simpático para se perguntar a uma mãe, principalmente na frente de outras pessoas.

Para desviar o foco do constrangimento, as meninas deram a sugestão de ir para uma festa que rolaria na cidade. A ideia era fazer do churras uma 'concentração' e depois ir para o tal evento. Joca (como era conhecido) não se mostrava muito animado.

Após um silêncio no ambiente, Mafalda questiona o proprietário do domicílio se haveria mais convidados. Quim (apelido de infância) revelou que havia chamado só mais dois amigos: Roberto e Manuel. Estes só dariam o ar da graça mais tarde.

Enfim, saiu a primeira leva de frangos. Todos beliscavam o pobre animalzinho morto, apreciavam as suas geladas bebidas e a agradável noite, onde se podia ver várias estrelas. Sinal que o período noturno seria longo e belo.

Passado algum tempo, os presentes escutam: ' Joca! Joca! Pode entrar?'.A autorização foi cedida.

Era Roberto. Chegava com uma coca-cola (desculpe o merchan), pois disse que não havia jantado e não queria consumir álcool com estômago vazio. Tipico fresco.Não aguentava nada pelo visto.

Beto, como sempre foi chamado, questionou o dono da residência se podia chamar Eugênio para o local. Na real, Eugênio queria ir no 'rolê' que estava tendo no município. O mesmo que as meninas haviam mencionado horas antes. Pelo whatsapp, através de Teodora,que já o conhecia,convenceu-o a vir e com a promessa que todos iriam posteriormente para a tal farra.

Com esse problema resolvido, Antônia, empolgada falou para jogar 'Verdade ou desafio'. Inicialmente todos ficaram meio contidos, mas foram convencidos pela idealizadora do projeto e por no fundo quererem de fato participar (só faltava a coragem)  e ver no que ia dar.


Enfim....os cinco sentaram ao redor de uma mesa redonda pegaram uma garrafa e iniciaram o jogo....


Como de costume e pouca bebedeira, os sorteados sempre escolhiam a opção ' Verdade'. Joaquim até queria mudar o nome só para 'Verdade'. Negado por todos ( he he he).

Os primeiros questionamentos eram sobre quando perdeu a virgindade, quais as posições sexuais preferidas, se beijaria alguém que estava no local, se achava alguém do local bonito e por aí vai.Aos homens sempre a clássica pergunta do 'fio-terra'. Os mais alterados e ousados eram Joaquim e Antônia.

Enquanto a brincadeira pegava fogo, Manoel apareceu no evento. Demorou para comparecer,pois a noite fez sua academia e depois enrolou em casa. Saudou os presentes e já foi intimado a participar do rolo.  O clima entre Manoel e Teodora seria o ápice desta história. Os dois já haviam trocado carícias em outras épocas.

Era curioso notar quantas vezes a garrafa sorteava Roberto para perguntar a Mafalda. A vida íntima da pobre moça foi destrinchada em vários questionamentos de Beto. Sua virgindade, quanto tempo que não tinha relação sexual, sobre aparar pelos pubianos. Nenhuma vez houve o contrário.


Em uma das giradas de garrafas, Teodora foi sorteada e aceitou um desafio. Joaquim pediu que ela desse 'selinho' em algum dos presentes. Ela escolheu Antônia. Uma confraternização entre amigas. Na sequência, Joaquim foi desafiado a beijar Manoel. Uma cena que seria dramática se os dois não negassem. Isso é muito difícil para os homens, pois fere a masculinidade. Quem é do sexo masculino sabe o que estou falando (pode não concordar, mas entende).

Nesse período finalmente apareceu Eugênio. Saudou todo mundo e já foi posto na roda. Era nítido seu susto ao ver o nível que estava a situação.

Brincadeira seguindo e Roberto e Antônia se beijaram. Depois, Antônia e Mafalda trocaram 'selinhos'.

Quem deixou o ambiente mais 'sério' foi Roberto. Este perguntou a Antônia se queria 'Verdade ou Desafio'. Ela aceitou mais um desafio. Então, Beto mandou-a mostrar os seios. A desafiada aceitou e meio constrangida (como se buscasse força) expôs-os aos presentes.

Garrafa vai, garrafa vem e é a vez de Roberto questionar Joaquim. Quim, alterado, disse que queria um desafio. Beto, louco, mandou-o  mostrar a nádega. Já sobre o efeito do álcool, o anfitrião mostrou, sem pudor, a bunda. Risos geral.

A 'coisa' foi ficando séria quando Antônia perguntou a Joaquim se queria verdade ou desafio. O cara, que no início queria trocar o nome da brincadeira, topou mais um desafio. A convidada desafiou o dono da casa a mostrar o saco. Ela disse saco e não pênis, que fique claro.

Sem pudor, Joca foi abaixando as calças. Os presente, rindo, não queriam ver a cena. Inclusive Antônia.Entretanto a lembraram que como desafiadora tinha que ver se a prova seria cumprida. E foi, segundo a própria.

Ao final do ato, Teodora lembrou a todos da festa na cidade. Acharam que era a melhor hora de cortar o 'mal pela raiz'.

Eram sete pessoas e dois carros. Teodora e Eugênio estavam com os seus veículos. Aquela deu carona para suas amigas,mais Joaquim e Manoel. Roberto acompanhou seu amigo.

O evento na cidade não parecia tão animado quanto a casa do Joaquim. Havia uma banda tocando reggae, cerveja quente (diferente das geladas do Joca) e nada de muito interessante.

Antônia, um pouco alterada, dava em cima de Manoel. Este não dava muita moral a ela. Queria a Teodora e vice-versa. Logo em seguida o primeiro par da noite se formou.

Mafalda precisava ir,pois trabalharia na manhã seguinte. Assim, Teodora, Manoel, Joaquim, Antônia  e Mafalda se foram. Despediram-se de Roberto e Eugênio.

No carro, o casalzinho foi na frente. Atrás, as outras duas minas e Joaquim.

Mafalda foi deixada em sua residência, mas a noite não acabou para os outros quatro.

Já embriagados e empolgados por mais diversão, resolveram ir para a zona. Dois homens e duas mulheres em direção a um prostíbulo!

Chegando ao local de orgia, tiveram a entrada dificultada, por ser um recinto apenas para homens e o preço estava um pouco 'salgado'. Deram meia volta e pararam em um posto de conveniência.Manoel encontrou um conhecido chato que o alugou por alguns minutos. Os outros três bebiam e conversavam.

Papo vai, papo vem e está na hora de deixar o posto. Teodora e Manoel na frente, Joaquim e Antônia atrás.

Durante o trajeto, Teodora e Manoel trocavam olhares e carinhos. Com um trânsito calmo e o álcool elevado era possível esse clima de paz. Interrompido por uma discussão na parte traseira do veículo. Antônia e Joaquim não estavam em um ritmo amistoso.

-" Você não toma banho, não?", perguntou Antônia.

-"O que eu tenho?", indagou Joaquim.

-"Você está fedendo. Tá um cheiro de bosta horrível. Vou abaixar o vidro", reclamou Antônia.

-" Ah, vai tomar no seu cu e não enche o saco", disse um enfurecido Joaquim.

-" Seu grosseiro! Machista! Vou chamar a polícia", ameaçou Antônia.

-" Vai tomar no seu cu. Vai toma no seu cu!", retrucava Quim

A discussão foi apartada pelos membros que estavam nos bancos da frente. Na sequência, Antônia foi para seu lar.

O próximo a ser deixado na residência era Joaquim, visivelmente transtornado com o episódio.

Chegaram na casa de Joca. Este se despediu dos 'pombinhos' (os dois ainda ficariam no carro namorando, digamos assim) e foi para seu aconchego.

Já em clima de dormir e pensar no que houve na noite, eis que vê uma luz acesa no seu quintal e escuta conversas.  Quim vai verificar e surpreendentemente vê Roberto e Eugênio ao fundo de sua casa  fazendo churrasco, bebendo cerveja, trocando ideia e com o rádio ligado!!!

Exato, a noite ainda não tinha terminado! Joaquim gostou de ver seus 'parças' aproveitando a noite!!

Bebeu junto com os dois, mas inicialmente não havia contado a briga que teve minutos antes.

No meio da prosa, o anfitrião questiona o porque pararam em sua casa para seguir curtindo a festa.

Os dois contaram que após a despedida dos cinco lá da festa na cidade, ficaram mais um pouco no recinto e depois de uma hora mais ou menos se foram. Eugênio daria carona a Roberto e este pediu que passasse na casa de Joaquim para buscar a coca-cola que havia esquecido na geladeira. Ao chegar para buscar o refrigerante (o portão dos fundos estava fechado, mas não trancado), Beto viu a churrasqueira cheia de carnes para assar, um monte de cerveja, olhou para Eugênio e disse: 'Vamos comer e beber mais um pouco? Matar a larica!". Eugênio ficou meio na dúvida, mas Roberto garantiu que não haveria problemas.Convite aceito.

Colocaram maminha, frango, queijo na churrasqueira e beberam muita cerveja. Deram risadas, ligaram o rádio. Depois de uns 60 minutos é que Joaquim apareceu.

Os três seguiram conversando, até que foram na frente da casa, ver sabe-se lá o que e ao abrir a porta viram no carro Manoel com uma careta meio estranha, Teodora se levantando e passando a mão na boca. Uma cena que foi constrangedora no início. Uma mistura de tragédia e comédia. Risos tentando ser disfarçados. Ambos saíram do carro e os cinco ficaram na casa. Manoel contou aos outros dois a peleia que havia ocorrido entre Joaquim e Antônia. Risos geral.

A madrugada já batia na casa das 5h e Eugênio se despediu de seus companheiros e foi para o seu aconchego.

Teodora e Manoel já estavam querendo partir, mas Joaquim, bêbado os avisou: 'Podem ficar aqui. Quiserem trepar fiquem 'sussa'. Aqui tem camisinha. Vou ficar no meu quarto, não amolo ninguém'.

É..deixou todos sem graça.

O próximo a deixar o histórico lugar foi Roberto.

Joaquim foi para seu quarto.

Teodora e Manoel ficaram a sós, no escuro, na sala de Joaquim. Manoel tentou encorajar sua parceria que parecia receosa a ceder na casa de um 'estranho'. Aos poucos ele convencendo-a e dando confiança para que ela se soltasse.

Os dois começaram a se beijar e o amasso foi ficando mais 'quente'. Beijo aqui, beijo ali, mão aqui, mão ali. Eis que o coito é interrompido por uma voz:

'Ei, me desculpem. Esqueci de tomar o remédio, vim pegar na gaveta"

Era Joaquim. De camisa e cueca. Uma cena linda!Mas este estava em sua casa e ninguém podia reclamar.

Enquanto tomava seu remédio e o casal o esperava voltar para seu quarto se escuta um barulho vindo do quintal. Era Roberto! De pijama (outra cena linda). Joaquim se assusta e pergunta porque havia retornado. O visitante afirma que só veio buscar a coca-cola esquecida na geladeira. Joaquim ri e o empurra para frente dos 'pombinhos' na sala. Os dois se assustam e Roberto apenas sai com a sua bebida.

Por fim, Joaquim vai para o seu quarto. Era a última chance de Teodora e Manoel terminarem o que tentaram começar. Novo reinício. Fogo acendendo, beijos, mãos, abraços...e mais uma vez se escuta uma voz. Era Joaquim passando para buscar água na geladeira. Pediu desculpas pelo incômodo e voltou ao seu habitat.

Mas não havia mais clima para tentar finalizar a noite com núpcias. Os dois apenas dormiram abraçados em um sofá.

Ai sim, fim de uma noite que tem muita história  para contar.


O único desenrolar que realmente teve foi o pedido de desculpa de Antônia para Joaquim no dia seguinte pela briga gerada. Os dois se acertaram.

Esta noite nunca foi esquecida por nenhum dos sete presentes. Sete estes que se encontraram, todos, apenas aquela vez.Não teve mais reuniões. Uma só bastou.